sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Rouparia G - História - Fazer do limão limonada

Olá meninas!!! Estou dando início a mais uma conquista, o Blog da Rouparia G. 


Muita gente tem pedido postagens de roupas, dicas de moda , dicas de dicas (rs), etc, mas nos faltava um canal.


Então, está aqui nosso novo meio de contato.


Até eu aprender como fazer isso funcionar vai demorar um pouquinho, mas com a ajuda das minhas amigas blogueiras de verdade acho que supero as dificuldades... né turma?!


Bem, prá começar quero colocar com todo mérito devido, uma matéria que foi feita pela minha amiga Shirlei Dyssy comigo na Rouparia G. Nela vocês vão saber como a loja surgiu e principalmente o porquê. Espero que gostem e curtam o Blog da Shirlei, Espaço Plus Size http://espacoplussize.blogspot.com .  


Vocês irão conhecendo a Rouparia G e me conhecendo aos poucos, irei postando sobre o que penso, dificuldades que temos, experiências vividas com minhas amigas e clientes GG, dicas, indicações, etc.


Na verdade, não gostaria que fosse um blog comercial, mas sim, transacional!!! Então vamos lá! 


Um beijo a todas


Pilar


Abaixo está na integra o que o trabalho da Shirlei que também pode ser visto no Blog Espaço Plus Size http://espacoplussize.blogspot.com/2011/11/conhecendo-rouparia-g.html


Conhecendo a Rouparia G





Quem olha esse mulherão ai na foto ao lado não imagina quem seja, e tamanho o  engajamento dela na luta contra a discriminação aos obesos. Na minha visita à Rouparia G, Pilar me contou uma longa história que vale à pena ser lida, pois todas nós já passamos pela mesma situação.






“Fazer do limão que te dão uma limonada, ou uma deliciosa caipirinha!". Pode parecer brincadeira , mas essa frase foi levada muito à sério à 10 anos, quando Pilar resolveu montar a sua loja.

Apesar de desde criança ter sido gordinha, Pilar sempre se achou bonita e não tinha dificuldade em se relacionar com seu peso. Casou e engravidou e como muitas de nós engordou mais e passou a vestir nº54. Com isso a sua auto-estima começou a diminuir.  Diminuía não porque não se gostava ou se achava feia, diminuía porque naquela época moda em “tamanhos grandes” era raridade. 


Geralmente eram confeccionadas batas horríveis “a la Tim Maia” (termo utilizado por ela e que não deixa de ser verdade) ou roupas que lembravam nossa avó, e era isso que nos era oferecido nas poucas lojas onde poderíamos encontrar “numerações maiores”. 


Numa segunda –feira o seu marido avisou que na sexta haveria um coquetel de confraternização da empresa e foi aí que começou o seu “inferno pessoal”. Ela precisaria arrumar alguma coisa para vestir e já que no sábado haveria um casamento. Decidiu então que compraria uma roupa social para os dois eventos . 


Como já sabia que ia ser difícil encontrar, resolveu deixar a compra para a quinta-feira pois assim passaria todo nervoso de uma só vez, e quem sabe até lá eles desistiriam de ir.  No dia das compras, ela passou primeiro por uma vitrine onde tinha uma blusinha linda que achou a cara da sua mãe e perguntou o preço à vendedora. A sacana à mediu de cima a baixo e respondeu secamente “ Meu bem, não tem seu número.” Pilar ainda explicou (pacientemente, no meu caso teria soltado os cachorros, sério) que era para presente, então ela pediu para que entrasse e visse também outros modelinhos. Ela não entrou e saiu chateada , porque nem mesmo para presentear era bem atendida. 


Resolveu arriscar e uma das únicas lojas que dizia ser especializada em “Tamanhos Grandes” a partir do nº38 (o.O Como assim???) . Entrou timidamente e pediu para a vendedora uma roupa social que pudesse ir a um casamento e a um coquetel. Ela pediu que fosse ao provador que iria colocando os modelos para ela provar. Sem graça, foi sem questionar (achando que ela tinha o que precisava e quem sabe provando gostaria de algo). 
Pilar ficou "surpresa" quando a vendedora jogou por cima da porta uma túnica de liganete que parecia um lençol com três furos e uma calça de sarja areia com pregas tamanho GG (daqueles que não cabem em ninguém acima do 46). Olhou as peças, suspirou, chamou a “mocinha” e disse: “Desculpe acho que eu não expliquei direito, eu preciso de uma roupa social, esta blusa é de liganete e a calça é de sarja com bolsos de zíper e além disso ela é GG não passa nem as pernas. “ E então a vendedora soltou a pérola e em um tom de voz com desdém “Ah... faz uma força!!!”. 


Pelas palavras da própria Pilar, o que aconteceu em seguida: "Nesta hora me senti uma trouxa, gorda, feia e sem roupa. Só de roupa intima, comecei a chorar no provador, fiquei lá uns 5 minutos até que meu marido perguntou se estava tudo bem. Eu disse que sim , coloquei minha roupa e saí dali sem dizer nada para a vendedora (que estava atendendo uma cliente magra), me sentindo humilhada, sem voz para nada. Falei para o meu marido que eu compraria qualquer coisa que me oferecessem e servisse, entrei na loja da frente, só tinha uma roupa zebrada de três peças: regata, saia longa e casaquinho horríveis. foi o que comprei. Fui para o coquetel e o casamento me sentindo insegura e parecendo a mãe dele. Jurei para mim mesma que a partir daquele dia eu iria me empenhar para montar uma loja de moda especializada onde as pessoas pudessem se sentir a vontade, ser felizes do jeito que são, e que ninguém nunca seria humilhada. Foi aí que surgiu a ideia da Rouparia G a qual foi concretizada depois de um mês"


Hoje Pilar é gastroplastizada devido à problemas de saúde. Mas a ajuda com as meninas acima do peso continua. Pude sentir esse carinho pessoalmente, ter a sua atenção e de suas ajudantes que estavam presentes na loja. Tanto que até brinquei de "modelete" ... kkkk




Hoje a Rouparia G é referência em Ribeirão Preto. Foram agraciados com o Prêmio Top Of Mind em março de 2011. Há quase 9 anos no Novo Shopping atendem clientes até número 66 (até clientes com falta de mobilidade e acamados) . Trabalham do casual à festa, moda praia , lingeries e acessórios em tamanhos especiais. 


Enfim, a Rouparia G é uma loja completa criada com muito amor e visão humanista. A missão de Pilar e de sua equipe é realçar o que cada mulher tem de melhor interna e externamente, valorizar cada curva e cada sorriso. Ser feliz e sentir-se linda é o que a Rouparia G deseja a cada mulher que por ela passar.

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